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sábado, 27 de novembro de 2010

Eu e só...




Entre versos tão complexos em reflexos
Me perco em você
Destilando a monotonia da alegria
Que hoje eu criei

Sei nunca vou te ter e
E por já poder saber
Meu amanhã eu sei de cor
Se nem a morte vem me ver
É assim que tem que ser..
Eu e só

Sinta, veja, pensa, fala,
Aperta, abaixa, escarra, estala
E eu nem posso ver
Em máscaras confeccionadas pelo mesmo nada
Que insiste em me perseguir
Eu vi, eu ri, senti, não adormeci..

Deixo o set para você
O que mais posso fazer
Se nem alma quero mais?
Faço a morte vir me ver
E assim poderei esquecer
e, deixarei você em paz...

Paulo Correia




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Insípida...


Você apodreceu
E nem sequer pode ver
Que o vento que sopra por minutos
No mesmo tempo irão levar você

Se arrisca e nem sabe o porquê
Procura resposta para não olhar pro chão
Disfarça com medo de perder
Se esconde e vira solidão

Chora, chora, chora e nunca irá passar
Mesmo que o sentimento se vá
Ficará a decepção

Amor, quando eu deixar de falar
E, olhos pararem de olhar
Tu mesmo apunhalarás teu coração.


Paulo Correia

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu sinto, você adjetiva.





E entao vou me entregar...?

Estive pensando e pensando muito por sinal que amar e ser amado pode ser a mesma coisa, que amar sem amar pode ser o mesmo, que se sacrificar amar por não amar pode ser nobre e agradável.
Pisei em solo infértil como semente por muito tempo e por tudo em minha volta estar morto ou imóvel às minhas percepções, nada ali criei.
Estive intacto e paralisado pedindo por socorro, e negava cada ombro que por mim passava...
Escolho o teu...não sei porquê e nem sei se é certo o que faço, na realidade não sei o que estou fazendo...e nem sei mais se farei.
Na verdade ao começar esse texto eu tentava dar adeus à tudo que construí de inválido, sensações e anseios nocivos à mim.
Vejo teu rosto puro e doce, e tento fazer reflexo. Sinto muito, não consegui.
Por não querer que entre no meu mundo que me escondo do seu.
Eu te peço perdão por ser covarde de não conseguir te amar, sabendo que poderíamos dividir as melhores partes das nossas vidas, sabendo que vou me arrepender e que nada vai adiantar eu escrever textos e textos e continuar com essa repugnância a tudo que me faz mudar.
Começo a ter ódio do que faço e do que não faço, seguro meus cabelos, os puxo para trás, olho pra baixo e só, após o arrepio acabar eu sento e escrevo, como se fosse uma forma de te recompensar, não sei, começo a escrever de forma tão rápida que não penso mais no que escrevo e creio que assim seja a melhor forma de te dizer tudo que eu quero, tudo que eu sinto. Na verdade eu nunca te amei, mas sim, sempre me escondi por trás do teu sorriso, a verdade é que eu não consigo te amar, e que eu sempre quis te amar, a verdade é que eu quero que voe venha até mim, que puxe a minha mão, e que eu possa abrir os olhos uma outra vez, a verdade é que fui tão escarraçado, que talvez tenho medo de me perder de novo, e por isso prefiro me sentir já perdido, não quero criar esperança, eu quero e não quero você, tudo ao mesmo tempo, num mesmo segundo, num instante me perco em você e fujo ao nada, ao vento.
Receio que não disse nada hoje,e palavras vão ao vento, talvez deva ficar calado, e assim por fim fujo às sombras.

sábado, 21 de agosto de 2010

E você nunca vai saber que...




Eu amo o teu sorriso
Que nunca brilhou meu amanhecer
Amo tua escolha de nunca querer me ver
Amo os caminhos que nunca podemos ter
Amo a tragédia de amar você

Amo os desencontros que sempre foram nossos
Que hoje estão marcados em cada parte dos meus ossos
Amo saber que você pode me trazer o dom de amar
E que cada caractere baseia-se em teu olhar

Amo saber que não me preocupo em te perder
Desespero-me em ver o quão longe está você

Só odeio uma coisa que jurava nunca acontecer
Pelo fato de amar, só hoje posso amar você.

E hoje eu peço a Deus mais que tudo
Que o retroceder exista então
Só assim poderei alimentar meu mundo
Só assim saquearei a minha solidão.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Contraditório...?


É estranho como a eternidade é relativa. Estava hoje pensando nisso por que lembro de tempos em que eu via toda minha eternidade ( se é que tenho alguma ) ao teu lado.
Claro, sempre via em meus sonhos, e você, avassalamente os alimentava, e eu de estômago vazio e venda nos olhos não relutava, muito menos via o veneno escorrendo sobre suas mãos, veneno irônico porque te alimentam com ele hoje em dia, mas isso não vem ao caso.
O que realmente importa é que não consigo parar de te eternizar, que seja em minha mente, em sonhos ou textos…mas agora, meu grande e inútil amor, te vejo com um fio nos olhos e de sangue frio, que tenta aquecer mas nunca consegue não é mesmo?
Bom, eu já me acostumei com temperaturas mais amenas, mas mesmo assim teimo em me aquecer em desperdícios amorosos, pensamentos inválidos à realidade, realidade essa que eu sempre questiono, mas no fim, eu sempre estou aquecido, e você, tenha quantos corpos tiver em suas mãos, esfria-se continuamente e tenta repassar essa maldição criada por você para outros, até os infecta, mas não se cura, que melancolia é essa que vive?
É drama criado por você, vida criada por você, e esperança dada por outra pessoa..enfim não somos tão diferentes.
Mas, você não me vê, e nunca viu realmente, e hoje dou graças por isso nunca ter acontecido porque eu teria te curado, e sua mediocridade me fez cansar de te ajudar e te dar meus braços como apoio.Não mais movo um só músculo em teu nome.
Você pode estar achando que estou sendo contraditório ao falar isso, até porque o texto é sobre você, mas sobre você não significa para você, e portanto é a mim, jovem velho e cansado, que apoio hoje.
E, por fim, para que entenda, saiba que a cada letra que escrevo a um sentimento vindo de você, te mato aos poucos dentro de mim, e hoje, finalmente, te vejo imóvel.

O que ouso chamar de amor...




Perco..perco em pensar em falar,
Perco em falar sem pensar
Perco ao amar sem enxergar,
Ao amar amar
Mas afinal... eu te perdi?
Pergunta retórica, até porque nunca te tive, 
Ter.. ter mesmo, nunca...e penso que nunca terei
Mas oras, quem poderá te possuir, te prender?
Um pássaro dorme mas voa ao amanhecer.
Mas teimo em escrever e mostrar
Acertar, errar?..não penso mais, penso em ser sincero, e isso fui, se não, agora estou sendo
É engraçado,enquanto lê, devo estar meio que tremendo, esperando que as reticências parem de me avisar que também escreve..mas afinal..palavras são só palavras
Me intrigo ao pensar se posso te dar algo realmente..
Mas que droga é a realidade?
Pouco me importa..
No fim, acabo descobrindo que não é por sentir que você também sente..e nem espero isso, até porque meu drama, por ser drama, não acaba feliz obviamente.
Mas não se preocupe,... ser melancólico que sou, não aguardo que meia dúzia de palavras te contagie.
Até porque ainda há o fardo da distancia, que é metafórico, do tempo, que é curto, e do passado, que por sinal não existe em nós...
Passado..longa relação temporal..
Pois bem, não espero mudanças, e apesar de querer, não penso em amor..seria pretensão demais para nós dois...
Gostar, gostar, ah! Te gosto sim. Disso certeza tenho e não escondo..
Será que me fez enlouquecer de novo?
Admita que ao menos há em você algo de perturbador, ou talvez isso more em mim, não sei, quando descobrir te digo...
Mas, prometo não sair um “eu te amo” da minha boca sem antes sair da sua..e se da sua sair para um outro alguém, o que provavelmente aconteça, ...não se preocupe..permanecerei aqui. Contigo. 
Fiel ser dramático, confuso e longíquo.